sábado, 16 de agosto de 2008

Conversas íntimas - parte II

- "Mamã, o que é isto?" - pergunta com um penso higiénico na mão
- "É um penso"
- "Para os dói-dóis?"
- "Sim"
- "Tens dói-dóis?"
- "Às vezes"
- "Onde?"
- "Dentro da mamã..."
- "Dentro onde? Deixa ver"
- "O papá está a chamar-te!" Uffffffffff

As palavras que nunca te direi (versão gente benzoca)

Lido há vários anos - por força da profissão - com gente bem ou pior do que isso, com gente armada em gente bem. Por isso, fui aprendendo que palavras se pode ou não ensinar se quisermos que os nossos filhos venham a entrar na alta roda da Quinta da Marinha.
Já sabia que aquilo que as senhoras usam para levar a tralha toda todos os dias não é uma mala, mas sim uma carteira (mala é a de viagem, carissimas!), já sabia que não se diz vermelho, mas sim encarnado (vermelho é a cor dos comunistas e isso não é nada bem no meio dos bens), também sabia que quando alguém morre não se vai ao funeral dela, mas sim ao enterro e uma pessoa não falece, mas morre, etc, etc...
Estas férias fiquei a saber, através da mãe de uma amiguinha de 7 anos que o tiago fez, que não se diz tchau, nem xau, muito menos xau-xau. Diz-se adeus. Adeus, nada mais do que isso. E eu que aprendi que adeus é uma coisa eterna, daquelas que se dizem numa despedida eterna, estilo funeral/ enterro...
Há cada porra, diria o avô carvalho se cá estivesse...

Conversas íntimas - parte I

- "Mamã, a minha pilinha está toda dura!"
- "Já vai passar..."
- "Olha, mamã, olha, olha como está dura!" - E nisto já está de calças no chão a mostrar-se a sua mini pilinha armada em pilinha adulta