terça-feira, 31 de março de 2009

Para ti, PC (não, não é o Pinto da Costa!)

Para ti, querido Pedro Caetano, aqui vai um miminho para acabares de vez com as cenas de ciúmes!
Gosto de ti, apesar de te ver tão pouco. Gosto de ti, apesar de viveres longe (mas não é nada do género longe da vista, longe do coração!). Gosto de ti porque o António é louco por ti. Gosto de ti porque fazes o Tiago rir. Gosto de ti pela tua inteligência, o teu humor, pelas (poucas) noites cheias de boa conversa que já passámos juntos. Gosto mesmo muito de ti e só não gosto mais porque iria parecer estranho gostar tanto do melhor amigo do marido!
Está bom assim ou tenho que fazer mais provas do meu carinho?!
p.s. Quando é o fondue?

domingo, 29 de março de 2009

Esclarecimento

Trabalho desde os meus 20 anos no mundo cor-de-rosa, o que significa que já vai mais de uma década a tentar saber tudo da vida dos famosos. É certo que gostava de mudar de vida, mas também é certo que gosto do que faço (não adoro, mas gosto...).
Contaram-me que há uns dias, no programa "Aqui e Agora", do Rodrigo Guedes de Carvalho, houve um debate sobre o mundo cor-de-rosa. Não vi e tenho muito pena. Não por querer ouvir mais uma data de lugares comuns sobre esse acizentado mundo cor-de-rosa português, mas por a sra. dona inês castel branco se ter referido a mim, não mencionando o meu nome, é verdade, e ter enchido a boca de mentiras.
Há uns tempos, estava eu a ver umas fotos de um evento onde a sra. dona inês castel branco estava presente. pareceu-me que estava um pouco mais gordinha. estaria grávida? peguei no telefone e fiz-lhe essa pergunta. e é aqui que entra o esclarecimento. não peguei no telefone e perguntei descaradamente se ela estava grávida. fiz um pouco de conversa. ela riu-se. eu ri-me. até trocámos umas piadas. ela disse que ia já a correr fazer dieta. eu disse que não fizesse isso porque já é tão magrinha que ainda ficava com anorexia e depois escrevia para aqui a culpar-me. trocámos gargalhadas. desliguei o telefone sem sentir que tivesse ficado algum tipo de ambiente pesado entre nós (jornal 24horas) e ela. Mas afinal ficou. Ficou porque, dias depois, numa rubrica sobre a qual eu não tenho nada a dizer nem qualquer tipo de poder sobre o que é ali escrito, escarrapachou uma foto da sra. dona inês castel branco dizendo que ela está mais gordinha. A sra não gostou e achou que fui eu que escarrapachei aquela foto naquelas páginas que todas as semanas criticam ou elogiam os looks das nossas famosas. Não fui, ouviu sra. dona inês castel branco? Gostava que a sra dona inês castel branco também tivesse a coragem de assumir que quando lhe telefonei não fui mal educada consigo, que tivesse a coragem de assumir que até nos divertimos naquele telefonema, que tivesse a coragem de admitir que não a chamei gorda.
Se a sra dona inês castel branco quer que o seu trabalho seja respeitado siga uma regra simples: respeite o trabalho dos outros. E ponha a mão na consciência. Talvez durma mais descansada.

A senhora

Na última semana, em todas as viagens de comboio que fiz, fossem que horas fossem, cruzei-me sempre naquela carruagem cinzenta com uma senhora. Deve ter cinquenta e muitos, sessenta. Tem uns quilinhos a mais. Pele mulata. Cabelo preto, desfrisado. Franja simetricamente cortada. É vaidosa. Muito mesmo. Já percebi que gosta de se cuidar. De parecer bem, seja para se agradar a si própria, seja para ouvir um piropo na rua. Por isso, se sai de casa a correr e não teve tempo para os retoques finais, aproveita os 18 minutos de viagem entre Paço d'Arcos e Cais do Sodré para trocar impressões com o seu espelho de carteira. Primeiro chega o pente para ajeitar a franja. Depois o pó de arroz para uniformizar o tom da cara, a seguir a sombra nos olhos, o batôn nos lábios carnudos... O ritual termina com o creme para suavizar as mãos. Quem disse que não é bom andar de transportes públicos?!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Vizinhos

Já vivi em algumas casas e não me lembro de ter ficado realmente amiga de algum vizinho.
Lembro-me do bêbedo do 1.º dto que deixava o meu pai louco. lembro-me do vizinho que vivia sozinho e que passou o seu último Natal junto da minha família por "culpa" do enorme coração do meu pai. Foi bonito. Triste foi ele ter morrido pouco tempo depois, sozinho como sempre, na sua casa. Lembro-me do Hélder do 5.º dto que bebia leite em todas as refeições, e da sua irmã Dália que tinha um fraquinho pelo meu primo João Paulo. Lembro-me da Lídia do 4.º andar que era muito à frente para o nosso tempo e que causou o maior sururu quando se casou: em vez de um celestial bouquet de flores foi com um gigantesco crucifixo nas mãos. Lembro-me do Xuxu, do prédio em frente, da Elsa e das suas irmãs, do Vasco que andou comigo na escola, do Fanã e os seus irmãos rebeldes. Agora que páro para pensar lembro-me da vizinha do 1.º esq que quando decidiu pôr o marido fora de casa atirou com os pratos e as roupas pela janela. Mais recentemente lembro-me da enorme simpatia do sr. Manuel e da sua mulher.
Agora dos meus vizinhos actuais tenho a Elsa que é impossível não ver todos os dias; o sr. da frente que tranca a porta 53 vezes antes de sair de casa acompanhando o rodar da chave com sonoras contagens até 3 ou palavras mais impróprias para escrever neste espaço; a paula, o marido e o filho martim, simpáticos (ela e o miúdo), mas a precisarem de sacudir o pó do corpo por passarem tanto tempo fechados em casa; e agora tenho a Joana e o Filipe. Começou tudo com um bom-dia, depois as conversas sobre os putos, depois uma ou outra boca, uma troca de sorrisos sinceros e amanhã vão lá jantar outra vez! Eu, que sou a snob do clã Menezes Santos e não dou confiança a ninguém, estou rendida a este cultissimo e divertidissimo casal! O primeiro jantar acabou à 5h da manhã e só porque eu e o antónio tinhamos que nos levantar cedo por causa dos miúdos no dia seguinte. Agora, estou para ver o efeito que um caril bem picante vai fazer às nossas cabeças... levem os sacos cama, meninos!