segunda-feira, 15 de março de 2010

Sou só eu ou...

... toda a gente acha inacreditável o folclore que os pais do pequeno Diogo fazem na imprensa? O pequeno Diogo, que por acaso é sobrinho do Simão Sabrosa, morreu há precisamente um ano quando foi levado por uma onda. Um drama indescritível, principalmente para quem, como eu, tem dois filhos e começa logo a pensar "e se tivesse sido com eles?". Que os senhores chorem, berrem, atirem-se ao chão consumados pelo dor, eu percebo. O que eu não consigo entender é que gostem de ter a imprensa ao seu lado quando choram, berram e atiram-se para o chão consumados pela dor. O que se passa com esta gente? No Natal fizeram uma produção para uma revista a falarem da dor de ter perdido um filho. Falar faz bem, mas darem uma entrevista com fotos junto à árvore de Natal e etc e tal? Irem lançar flores ao mar para recordar O FILHO QUE MORREU HÁ UM ANO e posarem para as fotos? Mas esta gente droga-se ou quê? Agora são figuras públicas porque a 15 de Março de 2009 uma onda lhes roubou um dos seus tesouros e, por acaso, esse tesouro é sobrinho de um futebolista de renome? Não é por ser jornalista que neste caso quem menos culpo são os jornalistas. Neste caso COMPLETAMENTE ABSURDO culpo os paizinhos que parece que estão a adorar sofrer, principalmente se esse sofrimento se estampar nas capas de todas as revistas e jornais.
Estou mesmo indignada.

1 comentário:

Ginger disse...

É ridiculo, to say the least. Pergunto-me se eles ainda se lembram por quem choram ou se apenas choram pelo mediatismo.

Há uma coisa que eu não entendo e em que eu penso muitas vezes... que é o facto de haver pais que conseguem expor-se assim perante a morte de um filho. (sim, porque eles não são caso único)
Quem tem filhos, tal como eu, só de pensar em perde-los entra em paranóia. Uma pessoa quase que tem suores frios perante a possibilidade de lhes acontecer alguma coisa, quanto mais!

Eu não sei (nem gosto de pensar nisso) mas acho que se acontecesse alguma coisa aos meus, me fechava em casa e morria para o mundo.

Todos somos humanos, mas aparentemente, uns mais que outros.

Partilho totalmente a tua indignação.


bjs*