quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ping Pong #1

A Alexandra, a minha colega do lado direito, aquela a quem eu gosto de chamar "menina Ho", lançou-me um desafio. Então, no blogue da vizinha podem encontrar o desafio, basta procurarem a primeira partida de Ping Pong que a menina Ho me lançou.

A minha raquetada está aqui. A resposta da vizinha surgirá dentro de dias ou quando bem lhe apetecer!

Aquele sorriso, aqueles dentes rectilíneos que ele escovava ciclicamente de três em três horas para mostrar ao mínimo esgar de boca de alguém que por ele passasse, estava esgotado. Ele, aquele homem que durante anos, uma vida inteira – que no caso dele se resumia a 37 anos, seis meses e cinco dias – se tinha feito passar por extrovertido, não aguentava mais a farsa. Era um homem tímido. Não gostava de falar. Não gostava que o abordassem sem conhecimento prévio. Não gostava que lhe tocassem, que lhe mexessem nas mãos, que roçassem os lábios nas bochechas, que lhe dessem palmadas fortes nas costas. Ele já não tinha tempo e já não podia desperdiçar essa falta de horas de vida. O médico tinha sido peremptório. Por isso, era agora ou nunca. E o nunca estava logo ali de olhos esbugalhados a olhar para ele.

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